Rapidinha de natal!

O que esperar desta data? Natal é natal pôxa! Meu natal não tem graça faz muitos anos. Já devo ter escrito isso alguma vez. A grande sincronia sentimental, soberbamente desajustada com morais mergulhadas em champanhe e cerveja, se tornou algo chato, repetitivo, e um pouco forçado. Todo mundo faz isso, todo mundo tem que fazer isso, todo mundo já fez isso, e isso desde os primórdios da humanidade civilizada, ou desde a invenção de papai Noel, lá por algum século perdido na história. O natal é maravilhoso, porque de um jeito ou outro mobiliza cada ser humano que existe nessa face imunda terrestre, sendo de uma maneira sentimentalista, com toda aquela história de amor, fraternidade, compaixão, família. Ou então seja do lado materialista, milhões e milhões sendo colocados na grande movimentação financeira global. Os shoppings lotados, embrulhos coloridos, cartões de crédito, faz em uma vez, duas vezes, três vezes, uma infinidade de vezes, cheques, dinheiro vivo, todo mundo segue o ritmo natalino dentro da sua normalidade. Por isso eu digo: o natal não é nada demais, porque para mim, o vermelho vivo, que tanto me fascina, me apaixona, que para mim simboliza a data, desbotou. Só para não deixar a data em branco.

Para você.

O que dizer? Sim, tenho coisas a dizer...Vou me abrir um pouco, mas dessa vez só irá sair coisas boas de mim. Mas acho que é a primeira vez que eu escrevo pensando em alguém, que me faz tão bem. Não lembro direito das primeiras palavras que trocamos, estávamos supostamente perdidos e você nos guiando para chegar até você. Cheguei na sua casa, e acho que estava mais perdido ainda. Sim, eu cantei parabéns para você, e nem te conhecia. Botei seu cãozinho no colo, e depois passamos o amanhecer juntos, num sofá-cama com mais três pessoas. Na hora de ir embora eu te dei um aperto de mão, e você me deu um abraço, a última vez que fiquei tão sem jeito foi quando tive que correr pelado nos corredores do meu antigo condomínio. Então se passou um tempo, tempo esse que me enrolou, me levou para lá, para cá, me fez me arrepender e depois ter dado graças a Deus. Me perdi de você, e quando vi que cometi um erro, achei que era tarde de mais para voltar atrás. Mas não foi. Você, eu já disse, realizou meus sonhos de adolescente, ainda sinto as mãos geladas só de lembrar você me esperando naquele banco, como foi bom!E aquela parada de ônibus vai guardar o nosso momento para sempre. E como eu gosto da sua carinha quando está acordando, do seu beijo, é como se minha alma estivesse acolhida, e só você soube fazer isso. Como é bom ter você na minha vida, e te agradeço muito por fazer parte dela. Você me fez acreditar em algo que achei que não existia mais, estava por um fio, e você fez minha vida aflorar novamente, e não se assuste se eu disser que você é o que me faz respirar, caminhar e dar uma nova chance para mim mesmo. Você fez o tempo se abrir, e meu coração voltou a bater. Só tenho a te agradecer. Mais que te adoro =].

^^

O Estagiário Atrasado e o Taxista traficante.

SEGUNDA PARTE

Pego minhas chaves e abro a porta. O dia estava lindo, e isso pouco importava. Andando na calçada eu vejo vários táxis parados na esquina, e penso: Se eu pegar um táxi, vou gastar mais do que ganho por um dia trabalhado! Bom, resolvi cometer este aborto financeiro. Peguei o táxi mais fuleiro que tinha. Fala sério, me senti em A Grande Família. Disse sem enrolação o meu destino, e que estava bem atrasado. O táxi seguiu quieto, e no segundo sinal para do lado uma caminhonete preta, o taxista rapidamente tira o forro do painel do seu uninho, e tira um pacotinho branco, muito singelo, e entrega para o cara que estava na caminhonete:







Cara da caminhonete - TÁ atrasado, o cara tá esperando!






Taxista - Não tem problema. A gente atrasa mas não falha.






Eu fiquei ali, fingindo que eles não existiam, e pilhado para chegar rápido ao meu destino. No final das contas chegamos lá, e ele ainda não tinha 50 centavos de troco!Cheguei com mais de uma hora de atraso, porém, "a gente atrasa, mas não falha"!

O Estagiário Atrasado e o Taxista traficante.

PRIMEIRA PARTE

Estava eu na minha deliciosa cama, entranhado no mais profundo sono, sabe? Aquele melhor sono que existe pelo início da manhã, aquele sono que produz orgasmos múltiplos à sua preguiça. No momento em que resolvi abrir meus olhinhos remelentos, eu vejo o dia claro. PUTA MERDA! O dia não podia de forma alguma estar claro, porque eu acordo 5 horas da manhã! Com aquele pânico eu avisto o relógio e eram 7h da manhã. Ok! Estou com um problema bem sério. Levantei em um único pulo, o pulo do gato eu diria. Peguei o relógio para ver que raio de problema havia acontecido. Vejo que o despertador está no modo ON, mas, mas, eu não ouvi nada, como pode? Será que ele tocou até passar a hora e eu não ouvi um “pipi pipi” se quer? Coloquei rapidamente a primeira veste que fitei, e desci as escadas correndo. Vejo meu celular na estante da sala, tocando desesperadamente Latin Loops, sim eu acordo com isso todo o dia, mas ao contrário do relógio do meu quarto, ele ainda estava tocando, desde as 4h45! As vezes o suicido deixa de ser um dever, e se torna a única saída. Eu me atrasei todos os dias da semana para o trabalho, e dessa vez eu estava realmente BEM atrasado.

(Continua)

Eleições

Domingo, meio-dia, fui com meus pais para realizar a incrível tarefa de ser um cidadão que vive na selva ordinária que se tornou o palco político municipal, estadual e federal. Meu candidato foi o Fogaça, mesmo com uma pequena dúvida, se eu estava fazendo o certo, isso devido ao fato de que no dia anterior eu pude ver o poder de persuasão do PT: na parada de ônibus, mulheres entregavam panfletos, apelando pelo voto das pessoas. Falaram que o Fogaça traria de volta à Porto Alegre a tal Baldeação dos ônibus, que ele era muito lerdo, que Maria do Rosário teria vencido ele no debate, que ela colocaria Porto Alegre na frente. E eu fui bombardeado por elas, justamente por ter aparentado dúvida à respeito da minha escolha. E elas quase me convenceram! De nada me adianta não confiar em político algum, pois eles estão aí e devemos escolher o menos pior. No domingo, na frente da urna, eu senti a maldição do PT sobre mim! Esqueci o número do Fogaça totalmente, e como já estava meio convencido de votar na Rosário, iria de 13 mesmo. Nada contra a Rosário, gosto dela como pessoa política, mas o partido me da MEDO! Sinto muito, motivos não faltam. Não tenho ideologias partidárias, não sou peemedebista e também não gosto de milho no cachorro quente. No final das contas chutei 16 e acabei acertando, ou errando, vá saber. A lição que eu tiro disso é que pipoca feita em panela é muito melhor do que a do microondas, que polui a camada de ozônio.

Panela Depressão

Não consigo mais confiar em ninguém. Não consigo confiar na minha própria sombra. Noites em claro, pensando no que as pessoas estão tramando pra me ferrar, ou então pior, quando fazem isso involuntariamente. Querem a minha dignidade, meu dinheiro, minha esperança, minha vida... Perguntam-me: Qual foi sua maior loucura de amor? E eu respondo: Foi amar!Tenho medo de amar, tenho medo de não ser amado. Não quero que o passado volte em sonhos, pra me assombrar. Quero que vá pro inferno aqueles que foram, sem fazer caso sério. Eu me odeio pela minha covardia. Eu quero saber o que eu quero, eu quero ter direito a ter objetivos, e saber lutar para cumprir minhas metas. Eu não consigo fugir, eu não consigo correr atrás...

Vaidade Precoce

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  Uma gaúcha venceu o concurso de mini miss mundo. Natália Stangherlin, de apenas cinco anos, representou o Estado de Santa Catarina no concurso de Mini Miss Nacional.
  
  
  Comentário:
  O mini miss mundo é um concurso recente. Até que ponto isso não acaba com a inocência de uma criança? A menina Natália tinha uma dedicação diária para vencer a disputa. Uma criança de cinco anos colocando batom, maquiagem e brincos, se enfeitando como uma mulher adulta. Que tipo de infância uma criança dessas tem? Desde cedo ela aprende a fazer chapinha, colocar salto e desfilar de maiô. Coisas que eram feitas antigamente para atrair o sexo oposto. O que eu vejo desfilando é uma pequena aberração, maquiada como uma palhacinha, pois não sabe ao menos o que está fazendo. E o que resta de inteligência na cabeça dos pais de uma criança dessas? Crianças tendo sua inocência corrompida pela vaidade pré estimulada. Isso deveria ser ilegal e imoral. Pergunto então ao Ministério Público da Infância e Juventude: até que ponto essa estimulação horrenda em crianças vai passar despercebida aos olhos da lei?
  
  Foto: "As jovens modelos, Zoe (dir) e Khiara (esq), ambas com 6 anos, ajustam seus brincos antes de subir na passarela para o desfile da coleção 2008 de Kirstie Kelly "Casamentos de Contos de Fada da Disney", em Nova York."

Vem meu ursinho querido, meu companheirinho...

"E eu tenho sentido saudades do enlevo todo esse tempo
Por ser para sempre incompleto."

Quando eu fiz um ano de idade, minha festinha foi registrada toda por uma câmera, isso em 1990. Cabelos gigantes, bermudas minúsculas nos homens, e eu lá, orelhudo, dançando Xuxa, de pé no berço. A fita começa com o clássico do ursinho pimpão,e é sério, eu choro muito quando ouço essa música. Às vezes estou sozinho, e lembro dela, e as lágrimas brotam, desesperadamente. Não sei por que, não entendo o motivo disso, mas as imagens vêm na minha cabeça, da minha mãe, minha família, todo mundo reunido, sinto tanta saudade, talvez por saber que nunca mais vai ser assim, que as pessoas mudaram, e que talvez eu nunca seja mais feliz como estava ali, tão inocente, em cima do berço, dançando desingonçadamente. Hoje eu olho quanta podridão eu adquiri com o tempo, e imaginar, quando faço alguma coisa errada, aquela criança orelhuda no berço, dançando Xuxa, e que os pais tanto amam, tão protegida. Eu não consigo ver mais aquela fita, e eu tento não lembrar dela, choro tanto, de saudades, de tristeza. Tantas agonias que me fazem ser essa forma indefinida que sou hoje..Ninguém merece chorar ao ouvir Ursinho Pimpão...

Putaria sem fim

"As aparências enganam, aos que odeiam e aos que amam..."A natureza humana é tão falha, o caráter já não faz mais parte dos princípios das pessoas. Coitado daquele que acha que eu nasci ontem, coitado mais ainda daquele que acha que é o único que faz os outros de troucha, tudo isso para viver numa ondinha ridícula de putaria interminável. A sua má fama é maior do que o número de pessoas que você pegou numa noite no inferninho. E pode acreditar, não tem DST pior que isso...Meu corpo é sagrado e sexo à toa envelhece...

Pânico sem roupa.

Vai aqui, mais um episódio de extrema ridicularização social que eu passei na minha infância. Eu tinha esquecido deste horrendo fato, mas acabei lembrando... Estava eu no banheiro, com os meus 6 ou 7 anos, naquele momento pós banho. Como eu era muito baixo, ficava pulando na frente do espelho para tentar me ver. Bom, então estava lá eu, pelado e pulando, como qualquer criança abobada. Meio distante eu começo a ouvir um chiado e meu pai criando: "sai de perto da panela!". Na minha mente fértil, eu imaginei a panela de pressão entrando em crise e minha irmã por perto, em fim, continuei pulando peladinho. Os gritos aumentam na cozinha, cuja janela ficava em baixo da do banheiro, eu, uma criança que sempre achei que tinha o rei na barriga, pouco me importava com o meu redor, continuei lá, pulando, tentando enxergar minha cara no maldito espelho alto. De repente, como um relâmpago, a porta do banheiro é aberta violentamente, e eu, uma criança mirrada e pelada, sou agarrado pelo abdome, e retirado do banheiro, COMPLETAMENTE NU e despreparado, logo sou colocado no chão, sem entender nada, reconheci minha mãe, que me fez descer a escada, em direção a sala, correndo, desesperado, sem entender nada, só gritaria, mal dava para fixar o olhar em um ponto. Mas isso não foi o pior, fui empurrado, em meio a gritaria, para fora de casa, minha mãe histérica, empurrando minha irmã e eu, fui parar nos corredores do prédio, todos os meus visinhos correndo e desesperados procurando a saída, parecia o naufrágio do Titanic, e eu também, assustado e gritando também. A imagem que me veio à cabeça não poderia ser diferente, me senti naquela famosa foto, da menininha toda chamuscada, correndo pelada, fugindo das chamas do bombardeamento de Hiroshina Nagasaki. Quando eu me aproximava da saída, minha vizinha, bondosamente me ofereceu uma toalha ou um roupão, não lembro direito, e pude sair com um pouco mais de dignidade. Estavam todos os moradores do Vivendas do Norte na rua, apavorados, sem saber realmente o que estava acontecendo, o que eram aqueles barulhos, toda aquela confusão bizarra. Meu pai tinha ficado lá dentro, pois era bombeiro, e minha mãe me disse que o botijão de gás da vizinha havia estourado... De resto correu tudo bem, algumas pessoas me perguntavam por que eu estava enrolado pelado num roupão ou toalha, provavelmente imaginaram que eu peguei fogo e me pelei o mais rápido possível, mas eu apenas estava banheiro, pelado e pulando, tentando alcançar a merda do espelho.

Andando por aí..

Bobice

Tão bonita, uma flor plastificada, intocável e cheia de si. Um pseudo mundo alienado no consumo é o seu. Faça da sua vida uma novela dramática barata, se torne vítima da sua própria mente psicótica. Seu passado drogado e sua mente adolecentizada só lhe deixam mais na seqüela. Do que adianta toda essa pose, se por dentro és tão podre, onde vivem tantas bernes, se és covarde e só pensa na sua porra...Não adianta se revirar, enfeitiçar, largar suas entranhas ensangüentadas no seu nick do MSN, isso não comove mais ninguém...

Lua que derrama sua luz sobre o dúbio oceano, que joga suas ondas contra as rochas da imposição, da frieza do meu coração. Triste fim tem aquele que ao deitar sobre o seu féretro não deixa uma vida com amor e perseverança. Triste aquele que ao amar, tenta fugir para a rua sem saída que é o medo de se machucar. Tantas vidas nesse mundo, tantas que já se foram, que sofreram. Tantos foram felizes, ricos, miseráveis, amargurados, solitários... O que restou deles? A felicidade morreu, a miséria foi carcomida pelos vermes no corpo pútrico, o sofrimento apagou, como uma vela que está no fim. Tantas vidas nesse mundo, mundo cruel, que engole nossos entes, não há sentimento, há apenas terra, bactérias, fungos, germes. O mundo é físico, mas nós temos algo a mais, temos vida e ninguém dá valor para isso. Vemos sangue e mais vidas definhando, sucumbindo, apodrecendo. A esperança continua viva, mas às vezes não tem valor nenhum... Não tenho o direito de ser feliz, de ter riqueza e uma mente sã.

Na tentativa de ser indiferente eu fico procurando algo que ampare o meu vazio.

Circundando a beira do abismo eu vejo sombras enlouquecidas, me chamando para afundar junto ao seu luxuoso navio.

As correntes prendem meu corpo junto à proa encascurrada, sou o pára-choque da fétida dor que exala das trevas.

Minha vida se encaminha para o obscuro, e à puta que pariu aquele que fode a merda do tempo que me resta de adolescência. Só me fica a opção de sentar e construir metas...

Mais uma vez o tempo esfria e o céu fica nubloso, mas o sol sempre volta............

Me resta olhar para as nuvens

Os livros da minha vida.

Depois de um ano desativado, finalmente consegui pegar um livro e começar a ler novamente. Ler é tão bom, não gosto de leitura técnica, gosto de viajar, de fugir da minha vida e embarcar em vidas muito mais interessantes, o meu objetivo sempre foi esse. Não que agora eu queira fugir da vida, mas quero não me grudar muito em certas coisas, quero me desconectar, ao contrário dos meus tempos do ensino médio, que vivia na biblioteca, eu lia um livro atrás do outro, subsequentemente, sem pausas, eu queria deixar de viver minha vida e embarcar na fantasia. O resultado disso foi terminar o ano precisando tirar 11 em matemática, 14 em física e 10 em história. Livros de ficção são bons, melhor ainda são aqueles que contam histórias passadas do holocausto. Eu li tantos livros em um pouco período de tempo que só lembro vagamente das histórias, nenhum nome, nenhum título, exceto os romances da Agatha Christie. Harry Potter, é eu também li este, até o quarto livro, o que dizer, a história é fascinante, recomendo para quem gosta de se alienar. Um livro que gostei muito foi o Estranho no Espelho, do Sidney Sheldon, é uma típica história do típico sucesso hollywoodiano, onde a pessoa sai da merda, vai aos alpes e cai como uma batata, na mesma merda. Muito sexo e sacanagem também marca a envolvente trama. Já li um livro sobre guerra, que não lembro o nome, mas é dos tempos da ditadura de Hitler, o livro não mostrava a realidade das vítimas, que morriam miseravelmente secas, mas sim a realidade dos soldados, do batalhão mais temido, acho que de Hitler, da guerra contra os Russos, uma realidade também bruta, de homens que lutavam pela sua pátria e eram apenas máquinas de matar. Hoje eu estou lendo, para variar, Agatha Christie, O Cavalo Amarelo, é uma historia empolgante para quem curte a autora. O mais interessante é que, pelo que eu li, não tenho certeza desse fato, mas um criminoso teria se baseado nessa história para articular o seu crime perfeito, mas para o seu azar, o detetive do caso também era fã da escritora, e também leu o livro, em fim, a historia não foi muito além disso. Estou aqui escrevendo sobre coisas desinteressantes só pela vontade de escrever, chega de expurgar demônios através de palavras, pelo menos até o próximo post.

Tic tac tic tac

Expectrum

Só a pensar...

O que eu posso dizer, tudo não passa de um jogo fajuto, o tal jogo do relacionamento, uma coisa que pessoas inseguras e com medo de se expor inventaram, para se proteger, para não se machucar, para ver quem cede primeiro. O ser humano se diz tão livre, com toda aquela coisa de carpe diem, o que elas têm a me dizer? Não passam de pessoas vazias, com seus corações trancafiados num sarcófago de pedra. Vamos viver em um pseudo mundo, onde as coisas não têm profundidade, aonde tudo plana na mediocridade, no insustentável, vamos nos enganar cada vez mais, nos iludir, encher os nossos egos de orgasmos que não duram mais que alguns segundos. Todos querem se banalizar, criar um estereotipo, e se esconder dentro desta frágil casca de ovo, porque só existe medo, tristeza, pessoas tentando buscar um sentido nas suas vidas, e não enxergam que mais cedo ou tarde a superficialidade desaba, e o que elas achavam que era um sólido solo, se torna um mundo escuro e desconhecido, muito longe e diferente do que o carpe diem se mostrou um dia. Não adianta querer viver a vida ao máximo quando não se sabe ao menos onde estão os fundilhos das calças!

The Rose

Linda rosa, que um dia seca e morre, mas que me encanta e absorve!

Os meus 100 anos de idade.

Se eu tiver 100 anos um dia, vou querer dar uma festa, vou querer ser o velhinho mais enxuto em um raio de 50 mil km. Quero ter gente bonita e jovem ao meu redor, velhos amigos, se ainda estiverem vivos, muita comida, gente bêbada, e pelo menos uma mulher grávida. Quero que todos me admirem pelo que eu fiz, ou então que me admire só por viver tanto, já está bom. Se eu ainda estiver ouvindo, quero a trilha sonora que acompanhou minha vida. Quero lembrar só das coisas boas, e viver só o dia de hoje, o ontem não importa mais, e o amanhã, bom, foda-se. Quero dizer aos mais jovens que a vida é para ser vivida, e realmente, é a única coisa que nós temos de valor, a nossa vida, e o corpo que a guarda dentro de si. Não adianta nos sentirmos reprimidos pelo capitalismo selvagem, ou pelo socialismo miserável, esses apenas foram coisas que homens velhos e barbudos inventaram, e resolveram que ia ser interessante seguir a idéia desses vovôs sedentários. Avisar que não adianta tentar fugir da dita chata realidade, se entorpecendo com drogas sintéticas, normalmente consumidas por filhinhos de papais burgueses, que estão enjoados da vidinha de riquezas e de uma vida completamente sem noção, e tudo de tédio e paranóias que um acéfalo adolescente pode sentir e levar isso pro resto da sua vida. Eu vou estar feliz por ter amado meus pais, ter agradecido por tudo que eles me deram e se esforçaram para me dar, da melhor qualidade, agradecer por me ensinarem a ter os pés no chão. Ou então ter uma tristeza inconsolável, de nunca ter dito que os amava, ou de nunca ter agradecido pela vida que eles me proporcionaram. Vou querer o amor da minha vida do meu lado, ou pelo menos o que restou da pessoa, e mesmo vendo seu rosto envelhecido, o cabelo ralo, sentir a alma jovem, e perceber que nós somos muito mais que carne e osso, que o que nós somos está aceso dentro de nós, e assim amando ainda mais. É mais ou menos isso que eu vou querer nos meus 100 anos. A probabilidade de chegar lá é pouca, talvez não chegue aos 60, ou aos 30, daí com certeza vou reivindicar a tal reencarnação, e pedir pra voltar, porque por enquanto eu não quero sair.

Fitas

"Sou uma pessoa facil de deixarMais facil ainda de esquecer" Uma voz, mesmo assim incorreta
Mais uma vez: "Sou aquele do qual todos fogem" Criticas de um sol obscuro Alguem me ajude a encontrar o botao de pausa Todas essas fitas ficam girando na minha cabeça Me deixando pra baixo Todos esses pensamentos na minha cabeça não são meus Causando devastação "Sou muito difícil de ser amado" "Uma química explosiva" "Melhor em quarentena e esquecido" Todas essas fitas ficam girando na minha cabeça Me deixando pra baixo Todos esses pensamentos na minha cabeça não são meus Causando devastação "Sou apenas uma pedra no seu sapato" "Voce está melhor sem mim" "Acho melhor partir de uma vez" Todas essas fitas ficam girando na minha cabeça Me deixando pra baixo Todos esses pensamentos na minha cabeça não são meus Causando devastação

Caminhão fubango (Não era eu quem estava dirigindo)

Grande laçador, foto tirada dentro do carro (em movimento).

Céu, mas a cor ta gozada

Esteio RS

Fotinho típica da florzinha rsrs, deu uma leve tremida, mas chego lá

Passos Fáceis

Eu tenho passos fáceis
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Posso lhe ensinar a chorar para conseguir o que quer
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Posso lhe ensinar a trancar a respiração, para se livrar do que fizer;

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Posso fazer você explodir de emoção e querer se matar sem ao menos saber meu nome do meio;
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Tanto tempo por aí, tentando encontrar a minha esperança que foi jogada de escanteio;
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Sua felicidade termina logo, e eu continuo aqui contando as horas, esperando você chegar;
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Sua miséria é maior que você, que está aí só, enlouquecendo, vendo seu navio naufragar;
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Gritando de pavor, no seu quarto escuro, eu vou te ensinar a desejar a morte
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Eu vou te puxar para baixo, sugar o seu prazer, acabar com a sua sorte
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Como ter a sua vida um lixo, cada momento da sua existência diluído num copo de Natasha;
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Fazer você vomitar, cair no chão, te ensinar a desacreditar em tudo o que você pensa ou acha;
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Quero sua alma, sua riqueza, sua família, tudo que te pertence;
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Quero sua raiva seu desprezo, quero que se desmanche, quero que deixe de ser gente.
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Eu tenho passos fáceis,
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Pra acabar com você, com prazer;
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Sem ao menos você perceber.

Adeus a Dercy

Dercy, Dercy só você mandou tanta gente toma no cu. Mas ninguém fez isso de coração como você, porque mandar tomar no cu todo mundo manda.

Vai deixar saudades, e eu nunca vo esquecer uma frase sua: "Tava tudo tão bom até ele botar aquela merda em mim!".

Descanse em paz.

O tal "estilo".

Estava eu esses dias andando na Avenida Farrapos, e encontrei no meu caminho um ser não identificado com os supostos seios a mostra. Minha mãe sempre disse para eu não dar atenção para estranhos, então mesmo a estranha figura balbuciar palavras sexualmente nojentas, eu segui caminhando, três segundos depois ela já estava entrando em um bonito carro, imagino eu que não era pra se proteger do frio da noite. Observando a tão convergente cidade de Porto Alegre, com os emos brotando nas ruas, como baratas que saem dos bueiros quando se coloca inseticida dos bons, e me lembrei da minha amiga, que me disse, com muita convicção, que sou tão sem sal, sem graça e esperava que eu fosse "caliente". Ela tem necessidade de encher os olhos, precisa que algo lhe passe contato visual e a alimente-a, faz parte da sua futura profissão. Talvez o vazio dela faça que ela tenha necessidade de se suprir com ousadia, atitude, e o tão pisado "estilo". Bom, tendo estilo ou não, eu entendo que o ser humano precisa chamar atenção, como uma espinha enorme no nariz. Às vezes eu vou na onda, tanto que comprei roupas "estilosas", mas ao mesmo tempo me pergunto: Pra quê?

A humanidade sempre foi dividida em tribos, na adolescência isso é essencial. Mas justamente! Isso é tão adolescente! Eu nunca tive tribos, nunca fui nerd o suficiente, nem rockeiro o suficiente, e mesmo assim as pessoas, a minha amiga, têm uma necessidade CHATA de me rotular, como se só dessa maneira fosse possível que eu seja digerido mais facilmente pelo resto do mundo. As pessoas podem seguir o estilo que quiserem, ou não seguir nenhum, isso vai deixar elas mais ou menos palhaças. Eu poderia mandar todo mundo se ferrar, mas só queria que ficassem cada um na sua, e que se encham de subterfúgios e penduricalhos para fazer apenas a SI feliz.

=)

Quem sabe um dia tudo que eu tenha perdido tenha ância de me ter de volta.
O que mais queria agora era chorar, e de alguma forma arrancar tudo que me sufoca, que está me matando por dentro. Ano passado eu disse pra mim mesmo que daqui um ano, nesse exato dia, tudo estaria melhor, e por que não perfeito? O ano passou, por ironia demoníaca do destino, eu me vejo na mesma situação, com aquela coisa rasgando meu peito, aquela vontade enfiar uma faca no meu pescoço, para ver se a pressão de dentro de mim diminuísse um pouco. O sentimento de rejeição é destrutivo, como um veneno, que corta o seu coração com um delicado bisturi cirúrgico, deixando-o em retalhos esfrangalhados. Acredito que essa época do ano seja um período de azar profundo emocionalmente, e claro sempre acaba refletindo em tudo. Não estou reclamando. Acho que ja está na hora de aceitar minha condição, aceitar que existem pessoas perdidas eternamente neste mundo, condenadas a sofrerem pelo seu próprio sofrimento, e que a tempo vai passar, matando tudo de vital que se tem. O futuro não passa de um túnel escuro, culminando no vazio e não resta esperar nada além da morte, o que não é nada demais, pra quem tem uma vida morta...

Roupa nova, complexo de Alanis.

Novos sabores regam a nova era da estranha carreira de Alanis Morissette. Estranha eu digo porque ela é diferente, e denomino suas mudanças como "Complexo de Alanis". Vou falar aqui como fã e como "crítico", o que é impossivel, mas eu faço o que quero nessa porra.

Comprei nesse último domingo, o novo álbum da cantora, "Flavors Of Entanglement", que prometia muitas mudanças no estilo exótico de Alanis. Mudanças muito notáveis, mas o estilo dela ainda vigora. Sua vida está em um novo ritmo e isso refletiu muito bem nas suas músicas. sonoridades diferentes apenas dão uma nova ropupagem à sua essência. Admiro muito ela por, pelo menos é o que eu percebo, ser uma pessoa alternativa, coerente nas suas letras, muito mais que isso, sinto uma sintonia muito grande com ela. Chamam certas aberrações estravagantes por aí de ousadas e irreverentes, mas são apenas coisas que já aconteceram, só que agora é em versão MP3 e o caralho, para mim Alanis é uma contra-mão constante dessa sociedade, é a verdadeira irreverência e ousadia em pessoa, por isso acham tudo que acham dela, se fosse diferente, ela seria apenas mais uma aí nessa mídia esgassante.

Flavors in my hands!

Logo mais análise crítica =P

Como é difícil ser homem num país machista.

Para quem ler isto, num primeiro momento, vai achar muito estranho. Mas não é para menos. Me diz qual cara nunca foi vítima de machismo? Ou então de troglodismo testorenal? (não repare o neologismo, por aqui póodi!), mas em fim, eu escrevo este texto muito indignado com a cara de pau de alguns homens, na falta de companheirismo ou no mínimo de humanização. Não sei por que diabos as mulheres reclamam tanto, elas quase sempre são beneficiadas só por terem vagina e peitos e algumas vezes uma bundinha atraente. Os benefícios são no geral, afinal elas podem conseguir o que querem, dificilmente um ônibus que recém está dando largada do terminal deixaria uma mulher na parada por ela estar apenas a uns dois metros do ônibus, isso já aconteceu muito comigo. Ou então na hora de atravessar a rua, na fila de qualquer coisa. Tudo isso só me leva à conclusão de que as mulheres são seres privilegiados em viverem num país em que uma bunda bonita, fazendo combinação com um par de peitos siliconados e sensuais lábios carnudos podem fazer uma movimentação financeira milionária em apenas em 30 segundos, que é o que dura mais ou menos uma propaganda de cerveja. De forma alguma eu critico as mulheres, seres evoluídos e superiores, que merecem tal respeito. Mas critico os homens que são burros e ignorantes.

Que coisa bem doce!

Não tomei uma gota.

Vamos entrar em transe!

Idéias perdidas na manhã

Não fiques triste por perder aquele que ama. Sempre vai ter alguém que deseja muito lhe dar um abraço terno e cheio de amor. Não seja crítico por causa de mesquinharias, seja crítico com suas atitudes e com o modo de encarar a sua vida. Não fuja de algo só porque esse se mostrou chato ou instável por alguns momentos, a não ser que encontre algo melhor. Não falo isso porque sou um sábio de 200 anos, falo isso porque é uma coisa óbvia, e mesmo sendo tão óbvio as pessoas se mostram quase sempre irracionais. Mesmo eu tendo colocado uma fase inteira da minha vida na lata do lixo, sem ao menos ter abrido a embalagem, a vida me ensinou a ser racional, ou pelo menos eu vi muito como ser.
São 7h34min da manhã de uma sexta-feira, estou no meu estágio, num momento calmo, a tia da limpeza está na minha volta, os rádios estão ligados, fazendo aquela poluição sonora de costume, o meu nariz está pingando, e eu não tenho nada melhor para escrever.
Nessa semana eu dei uma de Deus e ressuscitei pessoas que eu mesmo havia eliminado da minha vida, parece que tenho que aprender muito e ser menos fraco e impulsivo.
São 07h42min da manhã, estou com sono, e culpo a mim pela minha hipocrisia que adquiri com a minha família.
São 07h43min da manhã e eu sinto falta daquilo que nunca tive.
São 07h44min da manhã e eu estou com sono e queria um beijo.

A força do leão.

Eu sou o leão. Tão forte quanto a raiva do anjo que caiu.



Tão forte que posso desmanchar você com um simples tapa na cara.



Como eu queria mastigar você, sentir suas vísceras escorregando pelos meus dentes.





A minha ira é destrutiva, mas não se preocupe, isso é o alicerce da minha sobrevivência.





Eu vivo do seu sangue, da sua alma.

A soberania do meu rugido lhe arrepia até os menores pelos da coluna.

Um abraço meu lhe sufocaria até a morte em questão de minutos.

A minha piedade sobre a sua ousadia jamais transcorreria pelo meu instinto assassino...

Incompleto

Um dia eu encontrarei alívio

Eu estarei atingido e eu serei amigo dos meus amigos que sabem como serem amigos

Um dia eu estarei em paz

Eu estarei esclarecido e eu estarei casado, com crianças e talvez adotadas

Um dia, Eu falarei livremente

Eu estarei com menos medo

E uniforme fora dos meus poemas e letras e artes

Um dia eu estarei cheio de fé

Eu estarei confiando e vastamente autêntico, estabilizado e inteiro

Eu estive correndo tão suado em toda a minha vida

Urgente por uma linha final

E eu tenho sentido saudades do enlevo todo esse tempo

Por ser para sempre incompleto.

(A. Nadine, adaptado)

Um gota de misericórdia na minha alma que passa por dificuldades. Erros foram cometidos, e os mesmos me fizeram crescer profundamente. Mas não seria justo destruir a minha vida por um único momento, não seria justo, por tudo que eu já passei, por tudo que eu me privei nessa vida, e uma única vez ser o suficiente para que eu seja castigado de forma inexorável. As vezes levamos sustos para dar mais valor a nós mesmos e a tudo que a gente tem, eu espero que essa seja a minha lição. É realmente triste ter que levar um supapo na fuça para cair na maldita ou bendita realidade. Isso faz algumas pessoas mudarem a forma de ver a vida, e reflete muito nas atitudes das pessoas. Essa baboseira rídicula de aproveitar a vida ao máximo pode trazer várias coisas máximamentes desagradáveis, e depois não adianta chorar. A morte veste um manto de subterfúgios...

Poetinha

Estava eu pensando na vida,

e vi que você está pra lá de Bagdá.

Estava eu tentando entender a vida,

pensando se você é capaz de amar.

Estava eu tentando viver a vida,

e percebi que sempre quis você lá.

Veja bem, você mexeu comigo.

Até poeta eu quis virar.

estou tentando ser seu amigo,

para o amor aí brotar.

Estou aqui falando coisas patéticas,

expondo minha mentalidade frenética.

Eu sei que poema eu não sei fazer,

então recomendo amigo: Vá se foder!

O tempo não pára!

Disparo contra o sol Sou forte, sou por acaso. Minha metralhadora cheia de mágoas, eu sou o cara. Cansado de correr na direção contrária, sem pódio de chegada ou beijo de namorada, eu sou mais um cara. Mas se você achar que eu tô derrotado, saiba que ainda estão rolando os dados, porque o tempo, o tempo não pára.

Dias sim, dias não Eu vou sobrevivendo sem um arranhão Da caridade de quem me detesta. A tua piscina tá cheia de ratos. Tuas idéias não correspondem aos fatos. O tempo não pára. Eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades, o tempo não pára. Não pára, não, não pára.

Eu não tenho data pra comemorar, Às vezes os meus dias são de par em par, procurando agulha no palheiro. Nas noites de frio é melhor nem nascer. Nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer. E assim nos tornamos brasileiros.

Te chamam de ladrão, de bicha, maconheiro. Transformam o país inteiro num puteiro, pois assim se ganha mais dinheiro. A tua piscina tá cheia de ratos, tuas idéias não correspondem aos fatos, o tempo não pára. Eu vejo o futuro repetir o passado, eu vejo um museu de grandes novidades. O tempo não pára. Não pára, não, não pára.

Virando o cabo da boa esperança.

Está no destino de cada ser humano nascer, crescer, envelhecer e finalmente morrer. Mas quem quer isso? As carnes flácidas, o rosto enrugado e a saúde destruída em conseqüência de anos de descuido com a mesma. Sim, é como se a velhice fosse uma doença inexorável. O que é ser uma pessoa velha? Será que o sentido da vida está em preparar-se para esta fase conclusiva da vida? A esclerose cerebral e física é algo que não se tem escapatória, a não ser para aqueles que têm dinheiro e podendo dar uma disfarçada, um subterfúgio, com efeitos relativamente satisfatórios, pois muitas vezes acaba por piorar as coisas. Surgem doenças, reumatismos. É como se o ser humano não tivesse sido feito para isso, para murchar e morrer. Ninguém está preparado, nem é preciso, os tempos de carnes moles, dor nos ossos e falta de memória chegarão sem precedentes. Aquela pessoa linda, que te encanta os olhos um dia vai estar velha, e muito diferente do que é atualmente. Poucas pessoas percebem isso, porque só vivem o momento, mas os momentos acabam e nunca são aproveitados da melhor maneira. Acredite, você vai morrer um dia, e tudo que você fez, ou deixou de fazer, tudo que você foi, ou deixou de ser não importará mais. Você um dia será apenas um corpo morto, que aprodecerá como um dejeto qualquer e que será comido por vermes dos quais sempre o abominaram. Só resta viver o exíguo tempo de vida que resta, da melhor maneira possível. Não perca tempo com coisas pequenas, não dê à algumas pessoas a importância que elas não têm, não disperdice sua vida com coisas que nem precisavam existir. E como diz meu grande amigo: "Não dê às coisas o poder que elas não têm."

Ai ai....

Do tempo em que se ria à toa da vida e não precisava beber pra isso..

Olha eu. Com cara de quem pergunta: Gente como fui parar aqui?!

Sim, Ipanema =D

Recolha os dejetos do seu cão!!

Terapia orgânica

O quÊ? Quem disse que eu não me divirto?!

"A raiva é a extensão covarde da tristeza"

Quanta raiva algum ser pode suportar? Todo mundo fala que o amor e o ódio dormem na mesma cama. Pois eu só tenho sentindo ódio ultimamente, por todas as razões que me fazem ser o que sou. Sinto ódio por me arrepender de muitas coisas que fiz, e outras milhares que deixei de fazer. Sinto raiva quando vejo as pessoas felizes, pelo menos demonstrando, reunidas, alegres. A pior coisa que existe é você ter a sensação que vai explodir em lágrimas quando está em um lugar movimentado, as pessoas rindo, em fim, sendo normais e eu simplesmente ciente de que a vida não é tão bela quanto se parece, pelo menos no ângulo em que eu enxergo as coisas. Se divertir é beber, é ter dinheiro, é ser bonito, é ter “atitude”, é ser destaque como uma lâmpada vermelha bem chamativa e em quanto os que sobram, vão se marginalizando dessa maravilhosa orgia, vai se criando um novo submundo. Então essas pessoas vão caindo, só porque eles não são comuns, porque não são iguais as pessoas que eles mais detestam na vida. Enquanto uns se matam no desespero, cortando seus pulsos, ou bebendo até transformar seu fígado em patê, outros se matam abraçando postes com seus carros turbinados, completamente anestesiados da realidade, uma morte feia, em que se rolam cabeças, braços, e demais membros. Eles morrem sem ao menos saber quem são, porque apenas foi vivido mais um momento. E a vida foi cheia deles, momentos, um mundo de brincadeira que se quebra como uma linda casinha de vidro, apenas um brinquedo sem importância, mais um que se foi.

Tempos de segunda série...

Era 1997, eu tava na segunda série, tinha sete anos. Eu reagia bem diferente as coisas naquela época, era um peste e fazia inimizades com certa facilidade. O colégio tinha monitores por toda parte, sabe como é, para monitorar aquelas praguinhas ambulantes todas. No recreio todos deveriam sair das salas de aula e ficar no pátio, para que as salas fossem trancadas, mas na real todo mundo gostava de ficar nas salas mesmo, principalmente para fugir dos monitores, se esconder nas classes e roubar as coisas dos coleguinhas mais afortunados. Numa dessas, estávamos em um grupinho de pestes sem precedentes, fugindo da tia Carmem. A tia Carmem era como as pedras Stonehenge, do tipo ninguém sabe como surgiu, mas sempre esteve ali, enquanto a cada ano mudava os monitores, ela sempre permaneceu, e deve permanecer até hoje por lá. Bom, estava todo mundo na sala, e a qualquer momento ela viria para trancar a sala e botar quem estivesse ali para fora, então todos foram se esconder como se ela fosse uma anaconda faminta a caminho. Eu, uma criança magricela e cabeçuda, me escondi do lado do armário no fundo da sala, junto com uma colega minha. Nossa como eu ria, eu não conseguia parar de rir, a qualquer momento o pior acidente que se pode acontecer no currículo social escolar estava por acontecer, eu ia literalmente me mijar de tanto rir, e ela estava do meu ladinho, me mandando calar a boca. Não sei por que, mas a emoção era muito grande, e a risada aumentava cada vez mais. Até que a catástrofe mais humilhante da minha vida aconteceu: Me mijei perna abaixo. Até o momento só eu tinha conhecimento do fato, até o momento em que a guria que estava do meu lado percebeu, quando eu saí de atrás do armário me senti devorado por leões que riam da minha cara até perder o fôlego. O resultado disso tudo foi horrivel, eu falei tanto palavrão, que jamais uma criança de sete anos falaria em tão pouco tempo, isso claro, enquanto eu desabava em choro. Até que a temida tia Carmem, a responsável por tudo isso diga-se de passagem, me levou dali e chamou minha mãe, por que afinal eu estava todo mijado, e isso era inadmissível no ambiente escolar, principalmente quando se trata de um mijado desbocado querendo furar os olhos dos coleguinhas. Minha mãe foi chamada, e trouxe uma outra roupa para eu botar, em fim, depois de seco novamente estava mais calmo e voltei para sala de aula como se nada houvesse acontecido, mas isso ficou na memória deles e na minha até o fim dos tempos escolares, em que foi relembrado muitas e muitas vezes. É, isso foi mais um micão da minha vida...

Eu

Simples e sóbrio. Uma dose de realidade, uma dose de whisky barato, uma dose de sinceridade, uma tragada em um cigarro guardado e velho. Olhe para você, e sinta aquela coisa gelada correr pelas suas veias, você ainda está anestesiado, por pouco tempo, muito pouco tempo...