AH seu eu estivesse sem a minha alma...Andaria no mais profundo inferno, atrás dos meus encantos. Se eu não tivesse mais a minha moral, falaria aquilo que está intalado aqui, empacado no meu esôfago. Se eu pudesse, cantaria alto, como o rugido de um leão, festejaria a minha realização, o meu sonho, a única coisa que eu tenho vontade de fazer, com gana e vontade, do momento que acordo, até o momento em que acordo novamente.
Não quero escrever sobre os outros, não quero seguir o padrão deles, para ter minha inteligência denegrida pela experiência, da qual eu respeito.
Eu quero falar sobre o que se passa aqui dentro, ou aqui em volta.
Eu quero viver assim, a cantar, e seria lindo morrer assim...Como poucos tiveram a sorte, mas antes de cantar isso:

Non, rien de rien
Non, je ne regrette rien
Ni le bien qu'on m'a fait, ni le mal
Tout ça m'est bien égal
Non, rien de rien
Non, je ne regrette rien
Car ma vie
Car mes joies
Aujourd'hui
Ça commence avec toi...

Dois por aí

Era uma vez dois pré-adolescentes, que embarcavam na mesma viagem, e que viviam num mundo paralelo. Dois jovens que queriam ir para longe, e que deviam fugir na hora da missa, o único horário em que todos estavam no mesmo lugar.
Ele tímido, sem graça e meio psicótico, ela maluca e meio autista....Os dois só tinham um ao outro, naquele lugar em que todos queriam que eles fossem apenas mais duas pessoas igual a todo mundo.
Eles têm sonhos, querem viver, conhecer o mundo, não necessariamente uma comunidade hippie na Bahia, nem se juntar com uma cambada de drogados sem miolos em Amsterdã, mas eles querem respirar outros ares, desfrutar de outras almas, caminhar com o vento no rosto, com a coragem, vontade de viver, a mochila nas costas e a estrada toda pela frente.
Esse desenho passou a representar você pra mim....

Mariposa

"Andei cantando a minha fantasia, entre as palmas febris dos corações."

"Céu, tão grande é o céu
E bandos de nuvens que passam ligeiras
Prá onde elas vão
Ah! eu não sei, não sei
E o vento que fala nas folhas
Contando as histórias
Que são de ninguém
Mas que são minhas
E de você também"

Talvez eu também não me importe com o que os outros dizem..Só acho importante aquilo que eu tenho pra falar. Mas ainda me odeio pela minha covardia, de não ter sido aquilo que devo ser, daquilo que me chama, em voz alta...Mas que eu nunca consigo achar a coragem, a motivação, que é o transporte pra me levar até lá...O meu destino...E a história deles me fascina tanto, só pode ser porque eu também estive lá, eu devo ter feito algo muito errado, e agora fui castigado pela introspecção, pela falta de jeito, pela timidez, pela burrice, e só resta desejar, escondido, aquilo que as vezes eu tenho a impressão de que já fez parte da minha vida, ou de alguma outra vida. O que eu tenho que fazer pra pelo menos conseguir buscar pelos meus sonhos? Acho que a psicologia tem razão em uma coisa, a única teoria que eu concordo, o parto normal é necessário para a construção psicológica e também da personalidade das pessoas. Eu nasci de cesariana, não lutei pra nascer, apenas me tiraram...Talvez eu nem quisesse sair de lá...Mas é de se perceber, que eu não sei correr atrás do que eu quero, que eu prefiro ficar parado, e ver as coisas passarem. É coisa do medo de errar, medo da humilhação e da vergonha....Porque ou é isso, ou é mandar TODOS pra PUTA QUE PARIU!

Regras..Re=gras, elas devidem a sociedade em duas partes: os que as seguem, e os que não as seguem. O ser humano sempre teve uma necessidade de se organizar, de fazer filas, de querer as coisas retinhas, tudo tem que ter um padrão, o alternativo, o rock, o homossexualismo...Tudo tem que seguir uma linha. Será que é porque nós somos iguais? Tudo que é grande precisa de um sistema, as coisas precisam ser dividas, se faz um milhão de leis, e as pessoas que mais sofrem pelas ações dessas, são as que menos conhecem as tais leis. Queria viver por mim mesmo, sem padrão, sem uma linha, pois eu não tenho nem vontade de ir em frente as vezes, tanta palhaçada que eu tenho que passar ainda, só porque todos passaram, e que só dessa maneira vou poder viver dignamente, essas pessoas que se acham por cima, e que vem me criticar, me cobrar, me corrigir...As coisas aconteceram tudo fora de ordem na minha vida, nada é decrescente, nada é crescente, parece que tudo vai se enrolando...As vezes acho que tenho uma personalidade do avesso, completamente desconectada de tudo. Porque para ser igual a todo mundo eu preciso fazer força, pra mim é dificil seguir o padrão, e tenho inveja amarga daqueles que seguiram a linha...E não pense que seguir a linha e ter uma vida correta, mas falo de cometer os mesmo tipos de erros, de fazer as mesmas coisas escondidas dos pais, de fazer tudo de tão comum que todas as pessoas na puberdade fizeram e fazem. As vezes é muito difícil viver nesse mundo, e é dificil passar um dia em que eu não pense que eu deveria assumir a minha personalidade "avessa", e as vezes eu penso, ou vim para esse lugar para ser alguem grande, ou para sucumbir no padrão...