Adeus a Dercy

Dercy, Dercy só você mandou tanta gente toma no cu. Mas ninguém fez isso de coração como você, porque mandar tomar no cu todo mundo manda.

Vai deixar saudades, e eu nunca vo esquecer uma frase sua: "Tava tudo tão bom até ele botar aquela merda em mim!".

Descanse em paz.

O tal "estilo".

Estava eu esses dias andando na Avenida Farrapos, e encontrei no meu caminho um ser não identificado com os supostos seios a mostra. Minha mãe sempre disse para eu não dar atenção para estranhos, então mesmo a estranha figura balbuciar palavras sexualmente nojentas, eu segui caminhando, três segundos depois ela já estava entrando em um bonito carro, imagino eu que não era pra se proteger do frio da noite. Observando a tão convergente cidade de Porto Alegre, com os emos brotando nas ruas, como baratas que saem dos bueiros quando se coloca inseticida dos bons, e me lembrei da minha amiga, que me disse, com muita convicção, que sou tão sem sal, sem graça e esperava que eu fosse "caliente". Ela tem necessidade de encher os olhos, precisa que algo lhe passe contato visual e a alimente-a, faz parte da sua futura profissão. Talvez o vazio dela faça que ela tenha necessidade de se suprir com ousadia, atitude, e o tão pisado "estilo". Bom, tendo estilo ou não, eu entendo que o ser humano precisa chamar atenção, como uma espinha enorme no nariz. Às vezes eu vou na onda, tanto que comprei roupas "estilosas", mas ao mesmo tempo me pergunto: Pra quê?

A humanidade sempre foi dividida em tribos, na adolescência isso é essencial. Mas justamente! Isso é tão adolescente! Eu nunca tive tribos, nunca fui nerd o suficiente, nem rockeiro o suficiente, e mesmo assim as pessoas, a minha amiga, têm uma necessidade CHATA de me rotular, como se só dessa maneira fosse possível que eu seja digerido mais facilmente pelo resto do mundo. As pessoas podem seguir o estilo que quiserem, ou não seguir nenhum, isso vai deixar elas mais ou menos palhaças. Eu poderia mandar todo mundo se ferrar, mas só queria que ficassem cada um na sua, e que se encham de subterfúgios e penduricalhos para fazer apenas a SI feliz.

=)

Quem sabe um dia tudo que eu tenha perdido tenha ância de me ter de volta.
O que mais queria agora era chorar, e de alguma forma arrancar tudo que me sufoca, que está me matando por dentro. Ano passado eu disse pra mim mesmo que daqui um ano, nesse exato dia, tudo estaria melhor, e por que não perfeito? O ano passou, por ironia demoníaca do destino, eu me vejo na mesma situação, com aquela coisa rasgando meu peito, aquela vontade enfiar uma faca no meu pescoço, para ver se a pressão de dentro de mim diminuísse um pouco. O sentimento de rejeição é destrutivo, como um veneno, que corta o seu coração com um delicado bisturi cirúrgico, deixando-o em retalhos esfrangalhados. Acredito que essa época do ano seja um período de azar profundo emocionalmente, e claro sempre acaba refletindo em tudo. Não estou reclamando. Acho que ja está na hora de aceitar minha condição, aceitar que existem pessoas perdidas eternamente neste mundo, condenadas a sofrerem pelo seu próprio sofrimento, e que a tempo vai passar, matando tudo de vital que se tem. O futuro não passa de um túnel escuro, culminando no vazio e não resta esperar nada além da morte, o que não é nada demais, pra quem tem uma vida morta...

Roupa nova, complexo de Alanis.

Novos sabores regam a nova era da estranha carreira de Alanis Morissette. Estranha eu digo porque ela é diferente, e denomino suas mudanças como "Complexo de Alanis". Vou falar aqui como fã e como "crítico", o que é impossivel, mas eu faço o que quero nessa porra.

Comprei nesse último domingo, o novo álbum da cantora, "Flavors Of Entanglement", que prometia muitas mudanças no estilo exótico de Alanis. Mudanças muito notáveis, mas o estilo dela ainda vigora. Sua vida está em um novo ritmo e isso refletiu muito bem nas suas músicas. sonoridades diferentes apenas dão uma nova ropupagem à sua essência. Admiro muito ela por, pelo menos é o que eu percebo, ser uma pessoa alternativa, coerente nas suas letras, muito mais que isso, sinto uma sintonia muito grande com ela. Chamam certas aberrações estravagantes por aí de ousadas e irreverentes, mas são apenas coisas que já aconteceram, só que agora é em versão MP3 e o caralho, para mim Alanis é uma contra-mão constante dessa sociedade, é a verdadeira irreverência e ousadia em pessoa, por isso acham tudo que acham dela, se fosse diferente, ela seria apenas mais uma aí nessa mídia esgassante.