16/09/2014

Olá Brasiu

Realmente, ler isso depois de muito tempo é engraçado. Quem lê blogs hoje em dia? Alguém já leu? Alguém lê alguma coisa a não ser pequenas frases de efeito, que circulam em JPEGS retardados que se repetem inúmeras vezes pelo Facebook?

Escrever e ler se tornou algo chato e retrogrado, tanto que profissões relacionadas com isso estão levando pessoas ao desemprego e a essas coisas de pobre. Ao menos esse pessoal fomenta a indústria da mortadela, salsichas, miojo e a venda de moelas (simm, aquelas que largam no xis coração pra enganar no volume).
Só de escrever isso morri de tédio. Tudo isso confirma que a informação escrita está morrendo, atualmente em processo de putrefação com tantos erros ortográficos (eu não me excluo disso). No futuro as pessoas vão ter que se comunicar apenas com imagens, através de aparelhos tecnológicos, e vão projetar grunhidos pela boca, esta que apenas vai servir para a alimentação e chupar genitálias.

Você chupa? Espero que sim.

28/11/2010

A vida sobe e desce. Me sinto na beira de um abismo, mas não aquele abismo que simboliza o fim, mas o abismo que também me mostra um novo horizonte. Ainda não tenho certeza nenhuma da minha vida, é como se eu andasse pulando de galho em galho. Torcendo para que o próximo não seja fraco e quebre.

Eu sinto que coisas grandiosas podem acontecer na minha vida. É tão estranho...É como se tivesse alguma coisa me cutucando, avisando que algo realmente grande está por vir, e que não é hora de desistir.

No momento me sinto engessado. Uma agonia tão grande no peito, como se ele pesasse 200 quilos. Você não sabe se chora, se grita, se sai correndo. A vontade que se tem é de abrir seu tórax e colocar tudo pra fora, como se esvazia um balde cheio de bosta. A única certeza que você tem é que aquilo é dolorido e não quer passar. Então você recorre ao psicológico: senta no box do chuveiro e faz pensamentos positivos, repete inúmeras vezes "tudo vai dar certo". E em uma hora, a dor alivia, você está se sentindo mais leve. Funcionou comigo. Agora é manter o tal foco, que nunca tive, para concluir mais uma fase da minha vida. São coisas tão simples que se faltam a fazer.. Mas é incrivelmente sofredor só de pensar em fazê-las. Eu chamo isso de uma mistura irônica, nem um pouco engraçada, de preguiça e esgotamento.

21/07/2010

UMA CABEÇA VAZIA


Eu criei esse blog no primeiro semestre de faculdade, há 4 anos. Falei tanto sobre mim, sobre algumas coisas. Porém agora eu me sinto completamente vazio. Não consigo mais escrever, ter ideias. Me formo no fim do ano e não descobri o que quero profissionalmente. A faculdade está terminando e eu não sei para onde correr. Nesses anos de estágio, descobri que não tenho a capacidade de funcionar como uma maquininha ou um relógio.

Não consigo escrever em ritmo "industrial". Não consigo escrever para agradar os outros e estar conforme algum manual de redação, e este blog é plena prova disso. JAMAIS poderia trabalhar num veículo de comunicação de qualquer ordem, em que as coisas possuem horários fixos realmente fixos, porque sou a pessoa mais atrasada e enrolada do mundo. Minha concentração é completamente fail.

Não tenho vocação para lidar com números, não porque eu não queira, mas meu cérebro é falho demais para lidar com coisas exatas. Não tenho uma linha de raciocínio lógica, minha vida anda de qualquer jeito.
Não tenho vocação para trabalhar com comunicação porque eu sou travado e não sei falar e muito menos ouvir os outros.

Fico feliz pelas pessoas que são tão jovens quanto eu e que consiguiram se dedicar e traçar metas para o resto da porcaria de suas vidas. Eu tenho 20 anos, formando em jornalismo e não sei o que será da minha vida. Ainda não criei maturidade suficiente para decidir qual a minha vocação, ainda mais na minha situação atual, em que minhas faculdades mentais e físicas são tão limitadas.

06/05/2010

Das suas pupilas dilatadas, subtamente, via-se uma energia que mais nada no mundo poderia lhe oferecer. Aquela energia de viver só podia ser sentida neste momento. Toda a coragem, que até então estava perdida, escondida dentro de si, se reunia no seu coração, na sua mente. Num momento de depressão, não seria difícil fazer uma roleta russa ou então tma rum drink a base de diabo verde. Mas dificilemente ela se senti assim, ainda mais quando aquelas pequenas partículas químicas do pó pálido eram abduzidas por suas narinas.

Menina rica, de boa aparência, lindos olhos cor-de-mel. Na época de seus 19 anos, nos anos 80, já teve tudo o que quis. Sua mente fútil não permitia que ela se deparasse com grandes problemas. Tudo que ela precisava ea entorpecer seus nervos e neurônios. Ela não era muito diferente do pessoal e de seu status nessa cidadezinha escrota chamada Porto Alegre.

A cocaína rolava solta.

Com o passar dos anos, a moça teve sua bela aparência definhada. Depois de algumas overdoses, escândalos, festas, sexo, inúmeros abortos, DSTs, internações e tentativas de suicídio, ela estava livre dos vícios, ou quase. Alguns velhos hábitos nunca mudam.

O brilho da juventude ficou fosco, opaco...Seus amigos..Bom, a cada amnésia de uma festa, um se ia por definitivo. Os amores...Ainda é possivel acreditar no amor? Sem nunca tê-lo visto passar ao menos por perto em 45 anos de vida? Seus pais, agora falidos, tiravam férias definitivas numa residência geriátrica. O pai, um homem dignamente corrupto, perdera a sanidade devido ao mal de alzheimer. Acha que pode voar. Sua mãe, que foi conhecida intimamente por encanadores, empacotadores de supermercados e seguranças de shoppings center entre os anos 60 e 70, era sacudida agora pelo mal de parkinson. Havia um irmão mais novo, que misteriosamente nascera mulatinho. Perdeu-se no mundo em junho de 1985, quando fugiu de casa com uma travesti chamada Suzana.

Continua..

04/05/2010

NOVO LAYOUT

Achei esse layout bacana no http://www.finalsense.com

A minha cara!!!

Os meus 20 anos

Eu não sei, mas eu tenho a impressão que estou vivendo a melhor fase da minha vida, em questões de juventude. Acho que a idade de 20 anos é a melhor fase física do ser humano. A vitalidade está no auge. O cabelo brilha intensamente, a pele é macia. É bom poder olhar para o espelho e perceber que ainda está tudo ok. Uma pena que, aos 20 anos, a cabeça ainda é avoada. Estou concluindo meu curso de jornalismo, no qual foram investidos cerca de 40 mil reais em quatro anos. Isso para mim é um dissabor extremamente nostálgico. Vejo meus colegas engajados na profissão e eu simplesmente descobri o que era óbvio, posso até ser jornalista, mas vou ser aquele típico profissional infeliz e de cara fechada. Escolhi jornalismo porque é uma coisa que eu sou capaz de fazer, mas não que eu goste. E do que eu gosto afinal? Deixa pra lá, é um sonho absurdo. Acredito em reencarnação, talvez na minha próxima vida eu tenha mais culhão e condições de ser aquilo que eu realmente quero. Eu sei que é uma coisa de alma. Para ser o que eu quero precisa ter um aparato de berço, e eu não tive isso, talvez não era para ser.

A merda fóda é que se eu não me realizar profissionalmente e amorosamente, o que me resta, Cristo?

04/02/2010

Uma dose de juízo, sem gelo.


Um dia quente de verão a ferver meus miolos moles. Desde a última vez que escrevi algo aqui me aconteceu tanta coisa, que pensando tudo, em sua ordem, dá para acreditar que eu sou forte, mas também tudo isso que me aconteceu foi porque eu fui fraco.

22 de novembro de 2009, aproximadamente seis horas da manhã. Estava voltando de uma festa, seguida de outra, dirigindo meu carro, que era meu há uns nove meses. Estava levando comigo uma amiga e mais dois conhecidos dela. As caipiras e as cevas faziam carnaval no meu cérebro. Foi uma noite de chuva intensa, uma noite q eu não deveria ter saído de casa. Sabe, você sempre recebe avisos, é sério! Primeiro, ao começar a chuva, minha outra amiga, que eu iria encontrar lá, disse que não iria, "sair com essa chuva é indiada" dizia ela. Eu insisti, queria sair de qualquer maneira, ela concordou. Depois, ao tomar banho quase ocorre um incidente. O chão do box estava ensaboado do shampoo que havia caído. Eu resvalei, quase me espatifei dentro do banheiro. Depois lá na festa, eu derrubo uma garrafa cheia de ceva no chão, e ela se quebra toda, foi como se alguém tivesse me dado um tapa não mão. Obvio que eu não iria encarar isso como um aviso de morte. Até porque, para morrer, basta estar vivo.
Por alguma idiotice, fui para outra festa. Lá, tomei mais uns tragos. Dancei, e lembro de ter ouvido Enjoy the Silence, do Depeche Mode. Lembro também de ter subido no palquinho do DJ para pedir Culture Club, bem fora da casinha.
Depois, quando o dia já estava claro, resolvemos ir embora. Eu sempre saio, sempre bebo, danço e me divirto horrores. Mas sempre foi sagrado eu parar num lugar e tomar um refrigerante e comer que nem um cavalo, porque eu sinto muita fome. Mas nesse dia isso não aconteceu. Eu tava sem grana, e tudo que comi foi uma mordida de um cachorro quente da minha amiga. Peguei o carro, e fui levar um rapaz, amigo da minha colega, a minha colega e mais uma menina, para casa, que era pertinho dali. Estava em território desconhecido, e andando rápido. Tinha um exú encarnado, no mínimo e só no "direita" e "esquerda". Até que veio a curva fatal, no maldito paralelepípedo de 50 anos, virado em sabão por causa da chuva! Entrei muito rápido na rua, e quase dei num carro estacionado próximo à esquina , (isso segundo minha amiga, porque eu não lembro até hoje o que aconteceu), então desviei do carro, ainda em alta velocidade, e perdi o controle do meu carro, tudo que eu fiz foi pisar fundo no freio, o que foi inútil, pois o carro deslizou e foi parar só quando deu com tudo em um poste. Até hoje eu lembro do impacto, e da tremenda dor que eu senti nas costas.
Achei que finalmente tinha parado o carro. Quando ergui a cabeça, vi o capô do carro revirado pelo vidro da frente. Senti uma coisa horrível, uma mistura de sentimentos ruins com dor física. Ninguém estava ferido, ou melhor, ninguém estava sangrando. Saia muita fumaça do motor, as pessoas se assustaram, queriam sair do carro, eu vi, e devo ter falado que era só vapor do radiador que deveria ter se esfrangalhado. Mas eu acabei saindo também, mal sai do carro e despenquei no chão. Sentia muita dor no meu quadril. Me rastejei para a traseira do carro. A visão dele acavalado na calçada e grudado num poste não me sai. Pergunto se todos estão bem, apenas uma menina sentia muita dor no braço. Logo os moradores da rua saíram, para prestar socorro. Perguntaram se eu estava bem eu disse que sim, exceto pela dor extrema no quadril. Em cinco minutos a SAMU chega. Sou imobilizado, e levado na ambulância, a menina também.
Resumindo, fiquei um dia e meio no HPS de Porto Alegre, para ser diagnosticado. Fraturei três apófises transversais lombares, os ossinhos que ficam em torno das vértebras. A menina que veio na ambulância comigo quebrou o braço. Mas foi liberada horas depois.
Fiquei uma semana de cama, sem conseguir me mexer por causa da contração dos músculos envolta dos ossos quebrados. Não havia mobilização a ser feita, segundo médico. Praticamente reaprendi a caminhar. No início precisava de ajuda até pra tomar banho. Meu pai dizia: "viu? Quando um homem vira merda". Não quero pensar no que podia ter acontecido de pior, afinal as coisas sempre podem ser piores do que já são. Estou recuperado e caminho normalmente.
A lembrança de peso está hoje na minha garagem, que é o meu carro destruído, pois o seguro do Unibanco de merda, não quis fazer nada, em fim, essa é uma outra longa história.
Reconheço que foi um ato de irresponsabilidade minha, botei em risco a minha vida e de outras pessoas. Infelizmente eu não fui o primeiro nem o último. As pessoas não têm noção da dimensão do estrago que podem causar. E infelizmente é da natureza humana aprender errando.