11/09/2008

Lua que derrama sua luz sobre o dúbio oceano, que joga suas ondas contra as rochas da imposição, da frieza do meu coração. Triste fim tem aquele que ao deitar sobre o seu féretro não deixa uma vida com amor e perseverança. Triste aquele que ao amar, tenta fugir para a rua sem saída que é o medo de se machucar. Tantas vidas nesse mundo, tantas que já se foram, que sofreram. Tantos foram felizes, ricos, miseráveis, amargurados, solitários... O que restou deles? A felicidade morreu, a miséria foi carcomida pelos vermes no corpo pútrico, o sofrimento apagou, como uma vela que está no fim. Tantas vidas nesse mundo, mundo cruel, que engole nossos entes, não há sentimento, há apenas terra, bactérias, fungos, germes. O mundo é físico, mas nós temos algo a mais, temos vida e ninguém dá valor para isso. Vemos sangue e mais vidas definhando, sucumbindo, apodrecendo. A esperança continua viva, mas às vezes não tem valor nenhum... Não tenho o direito de ser feliz, de ter riqueza e uma mente sã.

Um comentário:

Cleo disse...

Que texto pesado, mas muito bom, lírico até, gostei. Gosto de ler textos assim.
O mundo é físico, mas esse algo mais que temos é o dever de sermos felizes, de ter a riqueza mental, sermos seres além desta casca morta. Trabalharmos o nosso espírito para quando chegar a nossa hora sermos um raio de luz para os que ficam.
"O que somos é o presente da vida para nós. Aquilo que nos tornamos, é o nosso presente para a vida."

Um feliz fim de semana.
Beijos.
Cleo

Obrigada por colocar meu link aqui.